Pedra da Gávea

O Flamengo continua agregando valores à sua marca. O novo comando entende do assunto e sabe que a Nação Rubro-Negra necessita de ótimos resultados esportivos. Além disso, nossa capital, a Sede da Gávea, tem que ser tratada como uma pedra preciosa que requer carinho e dedicação, se tornando um enorme motivo de orgulho para todos nossos sócios, quer proprietários, quer torcedores.

Ontem, uma atividade sensacional. Nosso maior produto, o futebol profissional, realizou um jogo-treino no Estádio da Gávea.

Uma multidão de sócios e convidados teve a oportunidade de assistir ao novo Diego Ribas, sob a batuta de Jesus. Atuando como segundo volante, ele impôs um dinamismo de ligação do sistema defensivo com o ofensivo que jamais havíamos presenciado. O ritmo ficou alucinante.

Uma opção ofensiva, com o recuo do Gabigol e o avanço do Rodinei, também se mostrou efetiva. Aliás, o primeiro gol foi uma pintura. O Gabigol iniciou a jogada com um lançamento de letra, e o Diego finalizou de fora da área, suprindo uma deficiência latente do nosso time.

Aliás, vai ser difícil o Vitinho sair desse time. Ele se movimenta em todos os espaços e tem fome de gol. O Bruno Henrique tem que voltar a ter o rendimento do início da temporada.

Enfim, tudo isso é trabalho para jesuítas. O meu é enaltecer o que ando vivendo na Gávea.

Sou testemunha que a Gávea anda sendo administrada com total responsabilidade. As primeiras obras da atual gestão são invisíveis. Água, esgoto, energia elétrica, gás...

O Flamengo briga por todas as certidões e licenças possíveis e imaginárias.

Hoje foi minha estreia na Flapel. Que ambiente delicioso!

Muita alegria, descontração e reclamação... afinal de contas, sem reclamação não é pelada. Havia 20 anos que não jogava. Reconheço que teve momentos que o chão sumiu. Também reconheço que não consegui aquecer. Fui direto para o cansaço. Nem estava transpirando... e já estava ofegante.

Não sei não... moro no mesmo prédio que o Abel. Acho que vou sugerir ao Jesus comprar essa cobertura. Preciso intensificar meu treinamento.

Após a pelada, fomos torcer para o remo do Flamengo. Estamos muito próximos do título estadual desse ano, depois de ficar 6 temporadas vendo o Botafogo conquistar tudo. Tive a oportunidade de conhecer o novo hotel da sede de remo e entendi o motivo do sucesso repentino. Sem falar que a alta cúpula está vibrando com a modalidade.

Sabemos que a ordem é não economizar em basquete, vôlei e remo. Vitórias poliesportivas elevam o valor de mercado do clube. Fazem explodir o orgulho da Nação.

Ontem, ainda, teve festa junina na Boca Maldita. Uma multidão de sorridentes rubro-negros se deliciou com o cachorro-quente da Tuninha. A Boca é um dos lugares mais emblemáticos do clube.

O Fla-Mulher segue anunciando atrações incríveis.

Quarta, teremos reunião do CoDe para aprovarmos o Consórcio FlaFlu. Tudo muito bem embasado e protegido.

Seguimos crescendo. O Flamengo é uma Nação e sempre merecerá um estadista na sua presidência. E gente com muita sabedoria na assessoria... e no comando dos mais diversos Poderes do clube.

Azul Bebê

Penso que o projeto "Flamengo Campeão de Tudo" voltou aos trilhos.

Aliás, já comprei minha viagem para Curitiba.

Estarei na Arena da Baixada, custe o que custar. Tem gente dizendo que não haverá lugar para torcida adversária. Vou mesmo seja de agente secreto. Visto uma camisa vermelha... e escrevo 007 em preto, nas costas. Só sei que tenho que estar próximo de Jesus.

O Flamengo, em Brasília, voltou a ser um time dominante.

Voltamos a preencher o meio-de-campo.

E não é que o Arão voltou a ter participação importante nos melhores ataques rubro-negros?

Essa é a vantagem de ter uma diretoria que entende de futebol. Nosso interino, com certeza, andou ouvindo os Pelaipes, e os Marcos Brás da vida...

Até o Rodinei ocupou o meio. A retranca exagerada do CSA ficou inoperante.

O problema do Flamengo, agora, reside na parte técnica. Vocês sabiam que o Fluminense treinou, de verdade, na véspera do nosso jogo?

Tenho certeza absoluta de que, com um técnico europeu, voltaremos a marcar gols de fora da área. Contra o CSA, até o Piris da Motta andou chutando de longe.

O Vitinho gosta de chutar. Aliás, ele teve uma performance muito interessante atuando como meia. O ataque ganhou abastecimento e rotatividade. As diagonais voltaram.

Sem querer ser chato, mas por que o Berrío substituiu o Diego contra os tricolores? Esse foi um erro que custou muito caro.

Pronto. Elogiei a atual diretoria de novo. Lá vem porrada de gente azul.

Vão dizer, de novo, que essa crônica é encomendada pela atual gestão.

Como assim? Nem votei no Landim.

O Marcelo Vargas me anunciou como VP de Futebol na Chapa Branca. Isso,para mim, foi uma enorme honra.

Aliás, o Cacau Cotta me lançou, na eleição anterior, na sua chapa, como VP de Esportes Olímpicos. Sou eternamente grato por essas homenagens.

Só sou contra quem pensa que o Flamengo foi fundado em 2013... quando já era campeão mundial, hexa brasileiro... e já possuía 42 milhões de apaixonados.

Só sou contra quem não respeita as pessoas que se doaram ao clube, principalmente considerando que a cultura clubística era profundamente diferente.

É lógico que respeito a eficiência administrativa dos azuis, mesmo considerando que foram um desastre no futebol.

Quando o Landim venceu... e vestiu uma camisa com o nome de TODOS os presidentes da história da Nação, inclusive o Bandeira... ele me conquistou. Vejo nele o Márcio Braga de 1979. Ou até melhor. Vai conduzir o futebol do Flamengo para outro patamar.

Insisto que não tenho restrições aos azuis, desde que eles respeitem os cabelos brancos de quem já adquiriu sabedoria... além de cultura e inteligência.

Pensando bem, tenho que confessar uma coisa. Tem uma cor que me incomoda.

Admito que não suporto o azul-bebê.

foto: Alexandre Vidal, no site oficial do Flamengo

Crônica de Uma Morte Anunciada

Fixar o William Arão como segundo volante de contenção é auto-suicídio a si mesmo.

Os técnicos de Cartola FC que me desculpem...

mas não existe raciocinar futebol desprezando a parte tática.

Quando o Abel afirmava que o Arão era o equilíbrio do time... ele se referia a diversos elementos.

Além de ser nossa maior força no jogo aéreo (agora, o Rodrigo Caio anda cumprindo essa função)...

ele era o elemento-surpresa de todos os principais ataques rubro-negros.

O jogo contra o bem armado time do Fluminense foi a crônica de uma morte anunciada.

Quando enfrentamos o Corinthians, fomos dominados e não levamos gols porque a trave nos salvou... duas vezes.

O Arão teve infecção estomacal e vomitou antes e durante a partida.

Exatamente por isso... e pelo fato do Corinthians jogar atrás, mesmo necessitando da vitória, ele se manteve perto do Cuellar durante o tempo em que conseguiu atuar.

Depois do jogo, diante dos espertos repórteres na entrevista coletiva...

nosso estagiário carteou que corrigiu um erro que o Abel cometia.

Que, com ele, o Arão não iria mais ao ataque.

Tremi de raiva.

Como pode um novinho querer saber mais que um cascudo multi-campeão?

Só sei que o Arão não serve para ser segundo volante. Fica feio nessa função. Aliás, o Flamengo fica feio com 2 volantes de contenção.

O Paulo Henrique Ganso recuou e jogou com uma liberdade proibitiva. Perdemos completamente o meio-de-campo.

Quando o Diego foi sacado, o que estava ruim, piorou.

O Everton Ribeiro ficou sozinho no meio de um monte de tricolores.

O interino disse que não tinha ninguém no banco para cumprir essa função.

Não sei, não. Temos o Reinier na base. Tem muito time por aí encontrando soluções no meio da garotada.

A qualidade do futebol é medida pela qualidade dos meias. Ter um volante que se apresenta no ataque é fundamental. Ter 2 volantes de qualidade, então, transforma tudo em super-time.

Quem não se lembra da dupla Vampeta - Rincón? Ou Paulinho - Renato Augusto? ou mesmo Andrade - Adílio?

Esse é o sonho de qualquer projeto que ambiciona ser campeão de tudo.

Só sei que saí muito bolado do Maracanã.

Decidi não ir à Brasília.

Se nosso técnico novinho resolver segurar o Arão novamente... vai fechar seu ciclo sem levar gols.

Podemos conseguir mais um 0 x 0 brilhante contra o CSA...

principalmente se as traves nos ajudarem novamente...

e o Diego Alves continuar comprovando que é um dos melhores goleiros do mundo.

texto: Guilherme Kroll

foto: Alexandre Vidal (site oficial do Flamengo)

Meeengo!

A vitória de ontem rendeu a classificação para as quartas-de-final da Copa do Brasil 2019.

Foram mais R$ 4 milhões, aproximadamente, adicionados aos cofres do clube.

O balancete desse ano será digno de um clube de futebol. E não, somente, de uma instituição financeira.

Além da parte econômica, inúmeros outros valores estão sendo adicionados à imagem do clube, que geram lucros, inclusive, financeiros.

O projeto 'Campeão de Tudo' segue muito bem, obrigado!

Fiquei triste ao saber que o Fágner não jogaria. O Pará perdeu a oportunidade de, mais uma vez, comprovar que é o melhor lateral direito em atividade no Brasil. Mesmo com limitações. Só sei que ele cumpriu mais uma jornada inesquecível.

Nossos técnicos do Cartola FC andam surtando.

Ontem, o William Arão teve uma infecção estomacal antes, e no intervalo, do jogo. Não sei se por isso, ou pelo fato de ter a vantagem do empate, ele jogou como segundo volante de contenção. Ainda assim, colocou o Gabigol na cara do Cássio.

Sem Arão como elemento surpresa, criamos muito pouco no primeiro tempo.

Muita gente elogiou a criação do time no jogo contra o Fortaleza. Inclusive eu. Só que temos que considerar que, com 3 meias geniais, o time perde em profundidade. Um dos atacantes tem que não jogar.

Temos o melhor time do Brasil. Isso não significa que somos imbatíveis. Temos sérios problemas estruturais, mas temos opções que mais ninguém tem.

Escrevi, nesse espaço, que para ganharmos tudo... precisamos de gols de cabeça... e de gols de fora da área.

O Rodrigo Caio anda resolvendo muitos problemas. Agora só falta chutarmos com mais força e direção da entrada da área. Assisti Palmeiras x Chapecoense. O time da Chape chutou inúmeras bolas perigosas ao gol palmeirense. Os paulistas têm dificuldade para marcar essas jogadas. Precisamos treinar.

Por falar em treinar, teve um jogador que não me agradou ontem: o Léo Duarte. Ele duelou várias vezes com o Vágner Love no mano a mano. Nosso ex-craque conseguiu inúmeros chutes a gol. Ainda bem que temos um goleiro de nível internacional. Só sei que beque não pode deixar o artilheiro adversário concluir no gol. Senão, pode ser que os comentaristas das tvs paulistas concluam que o Love é superior ao Gabigol.

Por falar em Léo Duarte, já não está na hora dele fazer um gol de cabeça?

A torcida do Flamengo deu mais um show na noite de ontem.

Aliás, como é difícil estacionar em grandes jogos no Maracanã nos dias de semana. Acabei parando no estacionamento do Extra, na Satamini. A vantagem é que caminhamos ao lado de um bloco carnavalesco rubro-negro... aonde tem desfile quase todos os dias.

Só tem algo que me incomoda.

Acabaram com o "Meeengo!"... que nos deu vitórias em todas as eras rubro-negras?

Não sou contra modernidade, mas ficar cantando para o Corinthians que somos campeões mundiais não diz muita coisa. Sinto falta do "Levantou Poeira", do "Dá-lhe, dá-lhe Meeengo", e do "Quero cantar ao mundo inteiro".

Só não sinto falta do Flamengo azul.

Fico arrepiado... e coloco a mão no peito quando cantamos que "o Maraca é nosso", mas não aguento mais de saudade de ouvir o mais bonito estádio do mundo berrando "Meeengo!".

Texto: Guilherme Kroll

Transformando Água em Vinho

A capacidade para gerir crises da atual gestão do Flamengo anda me impressionando.

Penso que ela está quase transformando água em vinho.

Esse cronista postou que 'quem sabe faz a hora, não espera acontecer'...

e que era a hora do Abel se despedir.

O que esse escritor não sabia era que havia uma solução miraculosa.

A entrevista do Jesus, ao lado do Landim, no gramado da final da Champions League...

colocando o Flamengo, ao lado do Barcelona, do Real Madrid e do Boca Juniors, como os 4 clubes mais importantes do futebol mundial...

foi sensacional!

O clima do Engenhão estava gostoso demais...

nossos meias esbanjaram magia...

e nosso Gabriel voltou a ser o Gabigol.

Aliás, foi o primeiro gol do Var na história... que eu saiba.

A determinação é para a arbitragem deixar seguir o lance...

para depois analisar no vídeo.

O bandeirinha, se estiver com dúvidas, não pode levantar seu instrumento.

E não é que Var confirmou um gol após o bandeirinha anular com convicção?

Gol, agora, não é mais bola na rede.

Comemoramos, somente, quando o juiz apontou o meio de campo...

minutos após a rede ter sido estufada.

Foi um gol diferente...

assim como o time do Flamengo...

que provou que não precisa de um paizão no seu comando técnico.

Aliás, disseram que todos os jogadores aplaudiram, na saída, nosso ex-treinador.

Será que o Arrascaeta e o Vitinho também aplaudiram?

Será que eles eram reservas porque aceitavam melhor o banco?

Só Jesus poderá responder.

Por falar em milagres...

o Fla-Mulher programou um inesquecível passeio de saveiro pela Baía de Guanabara, domingo passado.

Nosso Fla Cocoon, que já tinha energizado o gramado do Maracanã no final de semana anterior...

provocando uma virada rubro-negra absolutamente histórica...

aprontou mais uma.

Quando todos os rubro-negros estavam a bordo... caiu a tempestade.

Tínhamos que ficar. pelo menos duas horas, presos no saveiro, atracados na Marina da Glória, aguardando a chuva passar.

Todos os passeios daquele domingo foram cancelados.

E não é que a chuva passou, o céu abriu, e o Cristo Redentor, o Pão de Açucar e a Ponte Rio-Niterói se exibiram, exclusivamente, para nós?

Navegamos em águas calmas.

Quem conhece o Flamengo sabe que isso é quase impossível se tratando de algo relacionado ao clube.

No sábado, percebi que estamos transformando água em vinho...

domingo, descobri que também estamos interferindo nas forças da natureza.

O momento da Nação não poderia ser mais poderoso.

foto: Rodrigo Tolentino