Wednesday, December 12, 2018

O Dia em queTudo Mudou


Após as eleições de 2012, quando elegeram Eduardo Bandeira de Melo e o Só Fla, assumi uma postura de repúdio e oposição contra um grupo de quis determinar que o Flamengo só seria respeitado a partir daquela data, e disseminou ódio nas entranhas do clube.

Pessoalmente, por ser oriundo do esporte olímpico, jamais aceitei a forma como meu ex-atleta, Alexandre Póvoa, conduziu um departamento aonde ele deveria ter outro tipo de visão.

Em 2015, o Cacau Cotta me convidou para integrar a URN e não relutei. Nessa ocasião, inclusive, estreitei laços de afeto com o grupo Fla-Tradição, que apoiava a luta.

Em 2018, enquanto ainda aguardava a definição da URN, tive o convite do Fla-Tradição para me incorporar na candidatura Marcelo Vargas. Topei de pronto.

Gratidão eterna por ter meu nome amplamente associado ao futebol do Flamengo, sempre aliado à competência e lisura. Grato também por poder conviver com pessoas do naipe de Mauro Serra, Thomé, Paulo Gomes, Luiz Antônio e do próprio Vargas.

Grato ao Capitão Léo, meu amigo, que tanto respeito e torço para que a história faça justiça.
Ontem, fechamos um ciclo.

Bandeira, Póvoa e o Só Fla saíram do Flamengo pela porta dos fundos. Isso não tem preço.
Só que a vida não para. Novo ciclo se inicia. E não sou mais oposição. Meus inimigos não estão mais no poder.

Agradeço ao PC Ribeiro por ter tido a grandeza de colaborar com a exclusão do Só Fla, que teria poderosas ferramentas se vencesse ontem. Ainda bem que a aliança do Vargas com o Lysias não se concretizou (queriam que o PC fosse vice do Lysias).

Torço para que o PC tenha habilidade para compor a mesa diretora do Conselho Deliberativo da forma que precisamos. Rezo para que a relatoria da Comissão de Estatuto consiga expurgar o tal parágrafo que permite a exclusão de associados somente pelas suas opiniões. Torço pela anistia dos injustiçados.

No episódio da coligação com o Antônio Alcides, nosso Marcelo Vargas ficou preocupado em expor sua resistência. Pensou em, numa só tacada, mostrar ao mundo seu viés de resistência petista. E aproveitou para tentar se livrar de uma imagem de algum tipo de dependência ao Capitão Léo, que tanto atrapalha seus planos dentro do Flamengo. Sua doce assessora de imprensa andou disseminando pérolas agressivas. Não era necessário.

Eu mesmo atesto. Fizemos essa coligação CONTRA a vontade do Vargas e do Gonçalo. Eles são da resistência petista. Petista? Péra aí. O Gonçalo é Bolsonaro. Então não é resistência petista. É resistência fascista. Não entendo mais nada. Acho que é resistência petista fascista. Existe isso?
Só sei que sou resistência contra a resistência. Apesar de defender a liberdade ideológica. Sem resistência. Muito confuso.

Só sei que estou aplaudindo o discurso e as atitudes do Landim. Ele já é um estadista. O Flamengo merece.

Só sei que estou aplaudindo o Bap, que montou uma máquina de moer sóflas. E não irá querer sair do clube como o Bandeira. Ninguém poderá negar o passado novamente.

Só sei que estou reverenciando o Alcides, que se comprometeu com o PC mesmo que ele não retirasse sua candidatura. Ele gosta de whisky como meu pai. Quem sabe se não montamos uma Comissão de Whisky? Nessa quero ser relator.

Então... me despeço do Fla-Tradição agradecendo todo o carinho recebido. Agradeço ao Xerém, que tem muito mais lucidez do que as pessoas conseguem perceber. Agradeço ao Felipe Serra, que tem um potencial extraordinário. Agradeço ao Mazola, que é uma pessoa de um naipe invejável.

Agradeço geral. O grupo tem um viés popular. Só alerto que não se mistura política com folclore. Essa combinação é destrutiva.

Até breve. Sempre estaremos nas redes sociais, na Gávea e no Maracanã. Flamengo acima de tudo e de todas as prováveis ambições pessoais.



Sem Resistência

Fui oposição no Flamengo por 6 anos. Jamais aceitei a forma como trataram a Patrícia Amorim que os azuis tomaram o poder. Lutei bravamente contra a cultura de que o Flamengo teria sido fundado em 2013.

Estou na Calçada da Fama, Galeria Grandes Mestres, e fico magoado sempre que entro no clube e identifico os maus tratos que esses nomes recebem.

Aliás, o único pedido que faço para a nova gestão é que revitalizam aquele espaço na entrada da sede.

Lutei contra o ódio do Só Fla e a pequenez do Bandeira. Não aceito o que o Póvoa fez ao esporte olímpico do clube. Logo ele, que é fruto da grandeza do passado.

Alinhei com a URN, do Cacau Cotta, somente por ideologia de oposição. Vencemos os debates.

Nessa eleição, colaborei com o Marcelo Vargas, que também possuiu um discurso que ganhou respeito nas entrevistas.

O recado sempre foi mais importante do que os votos.

Só que, no sábado, tudo mudou.

O discurso da vitória mexeu demais comigo. Ver a Patrícia emocionada, a torcida cantando "Ah! É Márcio Braga", o Landim abraçando cada rosa sobrevivente e, principalmente, todos vestindo uma camisa com a frase "O Flamengo fundado em 1895 venceu essa eleição" mudou meu coração.

Ver o nome de todos os presidentes, inclusive o Bandeira, na camisa, foi algo inimaginável. Lavou minha alma.

Ontem, houve a eleição para o Conselho Deliberativo. Nosso candidato era o PC Ribeiro. Todos o respeitam demais. Ele teria, pessoalmente, uma quantidade significativa de votos.

Quando o Marcelo Vargas tentou uma composição com o Lysias (o PC seria vice), fui totalmente contrário. O PC merecia concorrer com seu nome.

Segunda-feira, após uma eleição presidencial aonde a Chapa Branca obteve uma votação pífia, o Alcides convidou o PC para ser seu Secretário e relatar a Comissão de Estatuto. Nos reunimos na Fiorentina, no Leme, e decidimos aceitar essa coligação. Não queríamos ajudar numa eventual ressureição rosa, nem atrapalhar o momento de coalisão do clube.

O PC Ribeiro ficou feliz. Os demais integrantes do grupo também. Menos um.

O Marcelo Vargas, talvez por ser petista, ficou furioso. Ele quer ser resistência...

Esses meninos vermelhos me dão trabalho. Ele colocou sua doce assessora de imprensa na tarefa de demonstrar seu repúdio contra quem traiu sua ideologia. Fui chamado de traidor.

Como assim? o primeiro traidor da história que fica ao lado do seu candidato até o último momento...

Então, para encerrar essa crônica... e essa história, vamos deixar bem claro. Não sou oposição. Pelo contrário. Sem o Só Fla, volto para a Gávea. Volto para o Maracanã. Viro Sócio-Torcedor.

Aplaudo o Bap por ter montado essa máquina de triturar que devolveu dignidade o Flamengo. Reverencio o Landim por tudo que já está fazendo.

Quando à resistência petista... até respeito, mas deixo para os bobinhos de plantão.


Sunday, December 9, 2018

A Eleição Mais Bonita da História do Flamengo

Há 6 anos, vim ao Rio para presenciar a eleição mais feia da história do Flamengo.

Falo com propriedade porque fui convidado para integrar o projeto Onda Azul... e declinei.

Não aceitei o convite em razão do enorme carinho que sempre nutri pela então Presidente Patrícia Amorim, mesmo reconhecendo que ela governou a Nação Rubro-Negra administrando bizarras alianças, o que deixaram nosso Flamengo exposto às mais diferentes consequências imprevisíveis.

O descontrole financeiro e o marketing pífio foram fatais. O Ronaldinho Gaúcho foi a pá de cal.

Só que desencadearam um sistema de fakes que atacou a honra pessoal e a moral de quem alinhava com ela. Nossa heroína rubro-negra foi achincalhada. Confesso que morri por dentro.

Foram necessários seis anos para a verdade ser exposta.

Os vencedores vestiram uma camisa emblemática no momento da vitória: "Flamengo, criado em 1985. Esse Flamengo venceu a eleição". E vinha os nomes de TODOS os presidentes da história do clube. Inclusive o Bandeira.

A torcida do Flamengo cantou: "Ah, é Márcio Braga!". Reconheceram o melhor presidente da história moderna da Nação. O conceito de "corja" mudou de lado...

Senti vontade de chorar de emoção.

Vesti a camisa da Chapa Branca, do advogado Marcelo Vargas, e ficamos orgulhosos dos 41 votos obtidos. Foram migalhas de ouro. Não houve campanha. Não havia dinheiro, nem militância. Muita gente apoiou o Marcelo, mas não tinha voto.

O Vargas provou ser uma pessoa forte, preparada, com DNA rubro-negro. Venceu os debates. Ganhou respeito.

Por ironia, há 3 anos atrás, apoiei o Cacau Cotta e ele também venceu os debates. Penso que sei selecionar minhas lideranças.

A verdade é que o Landim era o nome a ser votado.

Tive oportunidade de conversar com ele... com o Dunshee... e com o Bap...

e me convenci de que a hora é deles.

Por enquanto, não tem oposição.

O fundamental é que o Flamengo voltou a ter um presidente que tem noção da envergadura do cargo que ocupa. Que não fica destilando ódio até o fim do seu mandato. Que não sabe ser supra-partidário. Que entende de política externa. Que não exporá o nome do Flamengo à nenhum vexame...

Quanto a mim...

Volto a frequentar a Gávea. Sinto vontade de comprar um título de proprietário. Deixar de ser contribuinte. Também quero aderir ao Sócio-Torcedor. Vou voltar ao Maracanã...

Tenho certeza que, com a camisa branca, ganhamos mais respeito do que muita gente que vestiu roxo. Ninguém nos deve nada. Só respeito. E isso, tenho certeza que teremos de todos...




Wednesday, December 5, 2018

Migalhas de Ouro



O folclórico jornalista Renato Maurício Prado, mesmo fora do Sistema Globo, não se emenda. Ele possui larga tradição de divulgar falsas pesquisas na véspera das eleições presidenciais do Flamengo. Ontem, lançou que a Chapa Roxa, do Landim, tem o dobro dos votos da chapa do Bandeira. E que a Chapa Branca, do Marcelo Vargas, ficará com as migalhas e com o voto dos indecisos.

Só digo uma coisa: a Chapa Branca é a verdadeira oposição no Flamengo. Respeitamos demais quem decidir votar no Landim em rejeição ao que foi feito ao nosso clube nos últimos anos. Mas queremos votos. Nossas migalhas valem ouro.

Queremos a exclusão de quem quis criar que a história no Flamengo inicia após 2012. O Flamengo tem mais de 40 milhões de torcedores muito anos antes de 2012. Sagrou-se Campeão do Mundo e Hexa Brasileiro... muito antes disso.

O esporte olímpico não era dependente de uma Lei de Incentivo criada para subsidiar o esporte de inclusão e colegial.

Craque o Flamengo fazia em casa e não vendia prematuramente.

O Manto Sagrado valorizava os jogadores que o vestia.

A presença do Rodrigo Dunshee como vice-presidente do Landim é animadora. Assim como reconhecemos que o Oaquim é uma evolução rosa.

Vivemos novo tempo em termos de captação de recursos. Pagar impostos e fornecedores passou a ser obrigação.

Uma votação expressiva fortalecerá nossa posição. Cada voto terá nossa gratidão eterna. Queremos que, com a soma roxo + branco, os meninos bobos do Só Fla percam qualquer força no cenário político da Gávea.

Contamos com seu voto. Não importa se é migalha, ou não...

Marcelo Vargas brilha ao lado de Gérson Canhotinha de Ouro e José Carlos Araujo "Garotinho"


O SBT Esporte Rio é um dos momentos de maior audiência dentro do jornalístico SBT Rio. Ontem, a grande atração foi o candidato à presidência do Flamengo pela Chapa Branca, Marcelo Vargas.

Suas fortes opiniões sobre o rubro-negro obtiveram total apoio das duas lendas que comandam o programa: José Carlos Araujo, o verdadeiro Garotinho, e Gérson Canhotinha de Ouro, ídolo brasileiro da Copa de 70.

Vargas defendeu o enorme fracasso do Flamengo nesses 6 anos no negócio futebol.

Para conquistar títulos, o Flamengo precisa ser administrado por quem entende de Flamengo e de futebol. Vargas chegou a declarar que renuncia se o clube passar uma temporada sem conquistar títulos importantes, como sempre foi normal na história do clube.

O futebol tem que funcionar com lucro na compra e venda de jogadores. Não somente no investimento na base. Jóias da base não devem ser vendidos prematuramente. Não devem ser comercializados antes que se tornem ídolos no clube. Para isso, não podem ser 'fatiados' por empresários que dominam o clube.

Craques comprados no mercado devem ser preservados. O Deyverson, do Palmeiras, é um belo exemplo. O campeão brasileiro adquiriu por R$ 18 milhões. Ele se desvalorizou e chegou a nem ficar no banco de reservas. O clube paulista chegou a ter oportunidade de negociá-lo pelo mesmo preço que comprou. Não quis. Trouxe o Felipão e resgatou a carreira do seu ativo. Hoje, vale muito mais do que se poderia imaginar.

O Richarlison também é emblemático. O Fluminense adquiriu barato no América-MG. E vendeu caro. Só não ganhou mais dinheiro porque os direitos eram fatiados. O Flamengo tem totais condições de lucrar, esportiva e financeiramente, com o mercado da bola.