Fui oposição no Flamengo por 6 anos. Jamais aceitei a forma como trataram a Patrícia Amorim que os azuis tomaram o poder. Lutei bravamente contra a cultura de que o Flamengo teria sido fundado em 2013.
Estou na Calçada da Fama, Galeria Grandes Mestres, e fico magoado sempre que entro no clube e identifico os maus tratos que esses nomes recebem.
Aliás, o único pedido que faço para a nova gestão é que revitalizam aquele espaço na entrada da sede.
Lutei contra o ódio do Só Fla e a pequenez do Bandeira. Não aceito o que o Póvoa fez ao esporte olímpico do clube. Logo ele, que é fruto da grandeza do passado.
Alinhei com a URN, do Cacau Cotta, somente por ideologia de oposição. Vencemos os debates.
Nessa eleição, colaborei com o Marcelo Vargas, que também possuiu um discurso que ganhou respeito nas entrevistas.
O recado sempre foi mais importante do que os votos.
Só que, no sábado, tudo mudou.
O discurso da vitória mexeu demais comigo. Ver a Patrícia emocionada, a torcida cantando "Ah! É Márcio Braga", o Landim abraçando cada rosa sobrevivente e, principalmente, todos vestindo uma camisa com a frase "O Flamengo fundado em 1895 venceu essa eleição" mudou meu coração.
Ver o nome de todos os presidentes, inclusive o Bandeira, na camisa, foi algo inimaginável. Lavou minha alma.
Ontem, houve a eleição para o Conselho Deliberativo. Nosso candidato era o PC Ribeiro. Todos o respeitam demais. Ele teria, pessoalmente, uma quantidade significativa de votos.
Quando o Marcelo Vargas tentou uma composição com o Lysias (o PC seria vice), fui totalmente contrário. O PC merecia concorrer com seu nome.
Segunda-feira, após uma eleição presidencial aonde a Chapa Branca obteve uma votação pífia, o Alcides convidou o PC para ser seu Secretário e relatar a Comissão de Estatuto. Nos reunimos na Fiorentina, no Leme, e decidimos aceitar essa coligação. Não queríamos ajudar numa eventual ressureição rosa, nem atrapalhar o momento de coalisão do clube.
O PC Ribeiro ficou feliz. Os demais integrantes do grupo também. Menos um.
O Marcelo Vargas, talvez por ser petista, ficou furioso. Ele quer ser resistência...
Esses meninos vermelhos me dão trabalho. Ele colocou sua doce assessora de imprensa na tarefa de demonstrar seu repúdio contra quem traiu sua ideologia. Fui chamado de traidor.
Como assim? o primeiro traidor da história que fica ao lado do seu candidato até o último momento...
Então, para encerrar essa crônica... e essa história, vamos deixar bem claro. Não sou oposição. Pelo contrário. Sem o Só Fla, volto para a Gávea. Volto para o Maracanã. Viro Sócio-Torcedor.
Aplaudo o Bap por ter montado essa máquina de triturar que devolveu dignidade o Flamengo. Reverencio o Landim por tudo que já está fazendo.
Quando à resistência petista... até respeito, mas deixo para os bobinhos de plantão.
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