Tuesday, August 18, 2020

O Mundo de Cabeça Para Baixo

Esse time do Flamengo não se cansa de conseguir feitos inimagináveis.

Fomos campeões da Libertadores e do Brasileiro... no mesmo final de semana.

Conquistamos título... em cima do carro de bombeiros.

Fomos campeões brasileiros... no Peru.

Ganhamos a Taça Guanabara... de férias.

Conquistamos o Campeonato Carioca... no meio de uma pandemia.

E, agora, quando o mundo está de cabeça para baixo... fomos liderar a tabela de classificação, na parte de baixo.

Leiam o título desse blog e reflitam comigo. O Flamengo é para quem entende de Flamengo.

Participei de duas lives muito especiais... promovidas pela Bancada Ruim de Bola do Debate Nação Rubro-Negra.

Uma, antes do jogo em Goiânia... outra, após a vitória sobre o Coritiba.

Vamos lá, então!

Ficou comprovado, mais uma vez... que o Flamengo tem um estadista capaz de administrar qualquer nível de crise.

Tenho certeza de que nossa diretoria, antes de escolher o perfil do novo técnico... traçou a obrigatória filosofia de jogo rubro-negra.

Na verdade, antes disso... montamos o melhor plantel da história rubro-negra.

Prestem bem atenção... eu falei plantel!

Temos poucas vulnerabilidades.

Só que... como isso aqui é Flamengo...

tivemos problemas exatamente aonde não poderíamos ter.

Primeiro, perdemos Jesus... que anda copiando Judas.

Ninguém fica impune ao desencontrar Jesus.

Tudo era centralizado nele.

E, para piorar... muita coisa era cercada com tapumes.

Então... fomos ao supermercado europeu...

e constatamos que não havia peças de reposição na prateleira desejada.

Ninguém consegue comprar o que não existe.

Pra piorar, surgiram problemas com o Rafinha... que era um dos raros elementos insubstituíveis da nossa engrenagem.

Contra o Atlético Goianiense, o centro de inteligência rubro-negro não funcionou.

Colocar o Vitinho aberto na direita... com o Rodrigo Caio improvisado na lateral...

contra um time que é muito rápido na esquerda...

foi como pular do vão central da ponte Rio-Niterói... sem paraquedas.

Tive uma sensação parecida como a que senti quando vi a escalação do Bernard contra a Alemanha... no jogo do 7 x 1.

Nenhum craque sobrevive à aberrações táticas.

Afinal de contas, que eu saiba... Messi, Suárez e Piquet jogaram no 8 x 2 do Bayern.

E o pior é que a torcida já estava gostando do Vitinho novamente.

Colocar nosso melhor ponta-esquerda tendo que acompanhar o lateral adversário na direita... foi algo para enfartar esse humilde cronista...

e acabar com a fama do melhor zagueiro de condomínio do Brasil.

Pensando bem, acho que o Rodrigo Caio era lateral direito no Inter-Condomínios do Morumbi.

Em Curitiba, contra o Coritiba (nunca entendi bem essa troca de letras...)

tivemos lampejos do time que empatou com o Liverpool.

A Nação Rubro-Negra vive seu maior desafio.

Sou do tempo em que empatar fora de casa era um grande resultado.

Ganhar do Coritiba, em Curitiba... era tão difícil quanto escrever isso sem errar as letras.

Só que agora... o mundo mudou.

Penso que, realmente... está de cabeça pra baixo.

O Liverpool está fora da Champions. O Barcelona tomou de 8...

mas o Flamengo... tem que ser Flamengo sempre.

Podem confiar.

Vamos voltar a ser os Senhores dos 7 Mares.

Vamos voltar a ter um time atlético... para derrotar os Atléticos.

Temos que respeitar quem merece ser respeitado.

Nosso presidente foi o melhor em campo no Paraná (agora sim!)

Deu palavra para quem sabia o que estava falando.

João Lucas e César atuaram personalizados.

Nosso brioso lateral direito, após perder 9 quilos por causa do Covid... se superou.

Esse negócio de que o Flamengo tem que ter 22 galáticos é surreal.

Ninguém jamais teve.

Vamos voltar a jogar um futebol diferenciado...

mesmo que... com alguns jogadores que sejam simples mortais defendendo nosso manto sagrado.


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