O canal de YouTube Debate Nação Rubro-Negra promoveu mais uma live diferenciada para tratar de assuntos pertinentes ao Flamengo.
Dessa vez, o tema escolhido foi a Psicologia Esportiva, e tivemos como convidados especiais, Dr. João Ricardo Cozac, presidente da Associação Paulista de Psicologia do Esporte, pós-doutorando em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com trabalhos em importantes clubes brasileiros como Palmeiras (SP), Cruzeiro (MG) e Goiás (GO)... e Guilherme Kroll, gestor de futebol e conselheiro do C.R. Flamengo (RJ).
"O Flamengo possui um histórico de grandes trabalhos no campo da psicologia. Infelizmente, com a chegada do Jorge Jesus, os psicólogos foram afastados", declarou João Cozac, que defende que a parte mental tem que ser trabalhada por gente especializada em psicologia. "Contratou-se um engenheiro para ser coach. Com todo respeito, não sei construir edifícios. Quem sabe construir um trabalho mental são os psicólogos. O clube é uma referência mundial e merece um puxão de orelhas por não confiar na psicologia".
"Fiquei muito honrado em participar de uma live sobre um assunto tão importante, dividindo a tela com um profissional acima de qualquer suspeita", disse Guilherme Kroll. "Tenho convicção de que deve haver um trabalho integrado numa hierarquia num departamento de futebol profissional".
"Tenho noção de que existe um ranço contra os psicólogos dentro da categoria de treinadores de futebol", prosseguiu Cozac.
"Sempre trabalhei, como gerente, para que todos os profissionais do departamento fossem assistentes do técnico principal. Temos que ter um head coach determinando as diretrizes do trabalho", falou Kroll. "Médicos, fisioterapeutas, psicólogos... se mantiverem um contato mais íntimo com determinados atletas, podem deturpar a linha central do trabalho. As reuniões e os relatórios devem ser constantes. O importante é o resultado da equipe.
O Flamengo viveu um terrível problema na demissão do Abel. Tinha muita gente que pensava que 'ruim com o Abel, pior sem ele'. Só que nossa diretoria, que é diferenciada, encontrou Jesus.
Jorge Jesus é uma dessas personalidades marcantes da história. Um profissional genial. Como ser humano, nem tanto. Ele criou tanto problema para tanta gente... que acabou criando um para ele mesmo. Trocou o Flamengo, aonde era absoluto, pelo Benfica, que não possui as mesmas ferramentas. Só a história vai dizer se acertou. Sò sei que... quem vive do passado, não vence no presente.
Não entendi o início de 2020. Jogamos a Taça Guanabara com o sub-23... sem nossa comissão técnica. O João de Deus não poderia ter ficado trabalhando?
Jorge Jesus assumiu e não realizou pré-temporada. Não personalizou as contratações que o clube lhe ofereceu, investindo uma quantia significativa. Definiu o time titular e continuou conquistando títulos.
Acho que ele já preparava o próximo passo da sua carreira.
Jogadores que sempre foram protagonistas... viraram reservas de luxo. Isso não poderia dar certo no longo prazo.
Penso que Jesus já sabia que iria embora. Aquela derrota para o Fluminense, nos pênaltis, na Taça Rio, foi estranha demais.
Não tenho dúvidas de que o Jesus sonha em levar vários ídolos rubro-negros para o Benfica.
Ele realizou um trabalho fechado em tapumes no Flamengo. Todo o lado mental era centralizado nele. Não acredito que já tenha parado de se relacionar com nossos craques. Isso não pode continuar.
Trouxemos o Dome, que tem a mesma bagagem cultural futebolística que o Jesus. Ele vai arrumar a casa. Nosso plantel é o melhor da história. Não existe apenas uma maneira de se vencer no futebol.
Quando iniciei no esporte, há quase 50 anos atrás, me ensinaram que era 50% físico, técnico e tático, 50% mental. Atualmente, sei que isso está errado. O alto rendimento é quase 100% mental. Necessitamos de profissionais com alto conhecimento com essa vertente de trabalho.
Foi muito legal ter conhecido mais o João Cozac. Ele possui o perfil de profissionalismo que agregaria demais no Flamengo".
No comments:
Post a Comment