Estou saindo de uma campanha política, em Macaé, mais do que exaustiva.
Tive que dar um longo tempo na publicação das nossas crônicas... apesar de não ter me afastado, nem por um segundo, das transmissões de todos os jogos do Flamengo, que vão desde a FlaTv (com as deliciosas intervenções do querido Raul) até as entrevistas pós-jogos.
Me sinto em débito com o Fla-Raíz, meu grupo político rubro-negro, composto por gente com muito caráter e sabedoria... que sabe reconhecer, na atual gestão da Nação, o anti-depressivo que tanto sonhamos.
Então...
Vou escrever somente essa... em reconhecimento aos meus fraternos amigos.
Minha formação passa por Educação Física, Jornalismo, Psicologia e Marketing. Sou apaixonado pelo ser humano. Minha vida foi procurar lideranças diferenciadas. Necessitamos de estadistas.
Reconheço que algumas batalhas são ganhas com a juventude. Guerras, não.
A Nação Rubro-Negra tem uma característica própria. Ela costuma atirar (para matar) nos seus próprios soldados. Não costuma poupar nem seus próprios heróis (por isso o Zico jamais aceitará ser técnico do clube).
Não sou dono da verdade, até porque ela sempre será relativa... mas vou afirmar. categoricamente:
Guerras são ganhas com homens de verdade!
O Rogério Ceni é um deles.
Ele está empenhado em resgatar o Flamengo do Jorge Jesus!
O caminho?
Ganhar o respeito e a confiança dos homens de verdade do elenco.
Conquistar Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Diego Ribas, Diego Alves e cia...
Entender, com muito diálogo... o que Jesus fazia.
Descobrir que o Flamengo foi Flamengo com 2 meias lateralizados, com pés trocados... vindo de fora para dentro.
Perceber que o Flamengo, mesmo tendo um artilheiro do naipe do Pedro... cresce atuando com 2 velocistas.
Reconhecer que Gérson e Arão são coringas diferenciados no nosso time. E que nossos laterais são os verdadeiros atacantes de lado que utilizamos.
O ponto alto do Jesus foi sua liderança. Ele tirava os atletas das suas zonas de conforto... sem provocar reações indesejadas.
Seu conhecimento era suficiente para ganhar a cumplicidade de todos.
Deu sorte ao receber um grupo pródigo de caráter e maturidade. A simbiose foi total. A cumplicidade levou o Flamengo ao topo mais alto do mundo... empatando com o melhor time do planeta, em Doha, numa final em que nos faltou banco de reservas.
Ontem, contra o Coritiba, a Nação se reencontrou. Nossos técnicos de Cartola FC piraram.
Deu pena do despreparado treineiro paranaense. Ele quis exercer linhas altas contra o melhor time do continente.
Tá bom que a insegurança da nossa zaga referendava essa decisão.
Só que... sempre que ultrapassarmos essa primeira linha alta defensiva, com 2 velocistas... seremos letais.
O jogo, ontem... poderia ter terminado 10 x 0. Ou melhor, 10 x 1.
Impressionante os erros constantes de posicionamento de todos os nossos zagueiros. Eles estão tentando fazer linhas de impedimento... erram, e estão sem velocidade de arranque para recuperação.
Não faltam talentos. Falta orientação. O JJ cansava de parar treinamento por causa de... 10 centímetros!
O Ceni já descobriu a fórmula contra linhas altas. Agora, tem que descobrir contra aglomerações defensivas.
Falta compactar o meio de campo.
Falta estruturar a zaga, com treinos técnicos e táticos. Tem que recuperar a auto-estima dos nossos gigantes zagueiros.
Com Diego Alves de frente... isso não será demorado.
Com Diego Ribas motivado, tudo dará certo.
Com um comando que entende de craques, o Flamengo Campeão da Porra Toda ressurgirá.
E nosso estadista favorito continuará demonstrando que não existem problemas graves sem solução.
E que somos a Nação mais privilegiada do mundo... por termos um comando que entende o seu próprio tamanho.
Estou distribuindo essas palavras somente para o Raíz.
Temos um CT com investimento exemplar. Jamais será fácil encontrar profissionais para pilotá-lo. Erramos no Dome. Isso é fato. Só que era o que havia naquele momento.
A história voltou ao prumo. Vamos apostar... e apoiar. Nossa alma agradecerá.