Após as eleições de 2012, quando elegeram Eduardo Bandeira
de Melo e o Só Fla, assumi uma postura de repúdio e oposição contra um grupo de
quis determinar que o Flamengo só seria respeitado a partir daquela data, e
disseminou ódio nas entranhas do clube.
Pessoalmente, por ser oriundo do esporte olímpico, jamais
aceitei a forma como meu ex-atleta, Alexandre Póvoa, conduziu um departamento
aonde ele deveria ter outro tipo de visão.
Em 2015, o Cacau Cotta me convidou para integrar a URN e não
relutei. Nessa ocasião, inclusive, estreitei laços de afeto com o grupo
Fla-Tradição, que apoiava a luta.
Em 2018, enquanto ainda aguardava a definição da URN, tive o
convite do Fla-Tradição para me incorporar na candidatura Marcelo Vargas. Topei
de pronto.
Gratidão eterna por ter meu nome amplamente associado ao
futebol do Flamengo, sempre aliado à competência e lisura. Grato também por
poder conviver com pessoas do naipe de Mauro Serra, Thomé, Paulo Gomes, Luiz
Antônio e do próprio Vargas.
Grato ao Capitão Léo, meu amigo, que tanto respeito e torço
para que a história faça justiça.
Ontem, fechamos um ciclo.
Bandeira, Póvoa e o Só Fla saíram do Flamengo pela porta dos
fundos. Isso não tem preço.
Só que a vida não para. Novo ciclo se inicia. E não sou mais
oposição. Meus inimigos não estão mais no poder.
Agradeço ao PC Ribeiro por ter tido a grandeza de colaborar
com a exclusão do Só Fla, que teria poderosas ferramentas se vencesse ontem. Ainda
bem que a aliança do Vargas com o Lysias não se concretizou (queriam que o PC
fosse vice do Lysias).
Torço para que o PC tenha habilidade para compor a mesa diretora
do Conselho Deliberativo da forma que precisamos. Rezo para que a relatoria da
Comissão de Estatuto consiga expurgar o tal parágrafo que permite a exclusão de
associados somente pelas suas opiniões. Torço pela anistia dos injustiçados.
No episódio da coligação com o Antônio Alcides, nosso
Marcelo Vargas ficou preocupado em expor sua resistência. Pensou em, numa só
tacada, mostrar ao mundo seu viés de resistência petista. E aproveitou para
tentar se livrar de uma imagem de algum tipo de dependência ao Capitão Léo, que
tanto atrapalha seus planos dentro do Flamengo. Sua doce assessora de imprensa
andou disseminando pérolas agressivas. Não era necessário.
Eu mesmo atesto. Fizemos essa coligação CONTRA a vontade do
Vargas e do Gonçalo. Eles são da resistência petista. Petista? Péra aí. O Gonçalo
é Bolsonaro. Então não é resistência petista. É resistência fascista. Não
entendo mais nada. Acho que é resistência petista fascista. Existe isso?
Só sei que sou resistência contra a resistência. Apesar de
defender a liberdade ideológica. Sem resistência. Muito confuso.
Só sei que estou aplaudindo o discurso e as atitudes do
Landim. Ele já é um estadista. O Flamengo merece.
Só sei que estou aplaudindo o Bap, que montou uma máquina de
moer sóflas. E não irá querer sair do clube como o Bandeira. Ninguém poderá
negar o passado novamente.
Só sei que estou reverenciando o Alcides, que se comprometeu
com o PC mesmo que ele não retirasse sua candidatura. Ele gosta de whisky como
meu pai. Quem sabe se não montamos uma Comissão de Whisky? Nessa quero ser
relator.
Então... me despeço do Fla-Tradição agradecendo todo o
carinho recebido. Agradeço ao Xerém, que tem muito mais lucidez do que as
pessoas conseguem perceber. Agradeço ao Felipe Serra, que tem um potencial
extraordinário. Agradeço ao Mazola, que é uma pessoa de um naipe invejável.
Agradeço geral. O grupo tem um viés popular. Só alerto que não se mistura política com folclore. Essa combinação é destrutiva.
Agradeço geral. O grupo tem um viés popular. Só alerto que não se mistura política com folclore. Essa combinação é destrutiva.
Até breve. Sempre estaremos nas redes sociais, na Gávea e no
Maracanã. Flamengo acima de tudo e de todas as prováveis ambições pessoais.