Thursday, April 2, 2020

Por Que Não Te Calhas?

Estou escrevendo essa crônica num domingo ensolarado.

Domingo?

Péra aí! Agora que estou percebendo que é o vigésimo dia consecutivo com alma de domingo.

E o que é o pior, domingo sem Flamengo... ou seja, domingo desalmado.

Logo eu, um workaholic assumido... que nem sabia o que era "domingo de pijamas" na minha vida.

Acho que vou perder o certificado Iso 9000... no meu caixão.

Estou em Macaé... e a única diversão que tenho é ajudar o pedreiro...

que segue trabalhando na obra de crescimento da minha casa.

Ele deve ser fã do Bolsonaro. Não parou de trabalhar nem um dia sequer.

Garanto o transporte...

e fico grato pela oportunidade de poder sair de casa, mesmo que seja só para apanhá-lo de carro.

Sobrevivi da minha viagem à Barranquilla. Nada aconteceu pelo fato de ter tirado fotos com Jesus.

Permaneci horas em muitos aeroportos da América do Sul.

Abracei o Maurício Gomes de Matos, de quem sou muito fã... na Colômbia, na Gávea, no lançamento do busto do Andrade... e no campo do Zico.

Passei até por uma reunião de duas horas com o Landim... promovida pelo Grupo Fla-Raíz.

Realmente, o vírus não anda interessado em mim.

Por falar em Bolsonaro e Landim...

acho que é uma nojeira ficar fazendo política num momento tão crítico da nossa história.

Votei no Bolsonaro...

mas será que ele não pode aprender alguma coisa com o estadista rubro-negro?

Cada live do Landim... cura um pouco as doenças do mundo.

Sou filho do Comandante Kroll... e fui criado com outros valores.

Sempre procurei me espelhar em grandes personagens da nossa história.

Amo estadistas equilibrados.

Pessoas especiais, com caráter... mas prontos para conviver com o contraditório e a pressão.

Infelizmente, esse naipe rareou no esporte.

E olha que esporte é sinônimo de atitude e dominação.

Tem gente que não entende o que penso.

Fui convidado para ser técnico de basquete do Flamengo em 1978.

Vivi, diariamente, uma era incrível da história rubro-negra.

O Cláudio Coutinho, sempre que podia... assistia aos treinos de basquete...

e nos convidava para conversar na sauna do futebol profissional.

Viajei várias vezes com Zico e cia.

Tenho certeza de que "overlapping", "diagonais quebradas" e "ponto futuro" nasceram em jogadas de basquete.

Não é a toa que Jorge Jesus também frequenta o Maracanãzinho.

Fui à todos os jogos de futebol do Flamengo na década de 80. É lógico que sempre que a agenda do basquete permitia.

Em 2019, déjà vu.

Finalmente surgiu gente capaz de superar a primeira gestão do Márcio Braga...

e levar nossa Nação para outro patamar.

Enfim...

o jeito é esperar.

Estou na fase de acabamento de uma casa de 400 metros quadrados. Ela é, no mínimo, um ótimo investimento.

Hoje, fiquei horrorizado com o preço das calhas.

Pesquisei muito e consegui pela metade do preço inicial.

Enfim, calha é algo muito importante. Tem hora que temos que nos calhar.

Por falar em calhas...

O Landim não precisa calhar.

Sempre demonstra enorme preparo para o enfrentamento de qualquer tipo de crise.

Quanto ao meu presidente Bolsonaro...

em quem votei e continuo esperando atitudes a altura do seu compromisso com o Brasil...

que tal entender que os governos passados investiram num projeto de poder e corrupção...

que ainda capitalizam fortunas em paraísos fiscais...

e  possuem alto número de influenciadores na cultura, na educação e na comunicação?

O que adianta ficar confrontando naquilo que eles fazem de melhor?

Vamos continuar com o projeto "Corrupção Zero".

Que tal lançar o projeto "Boçalidade Zero vírgula Um?

Deixe seus craques trabalharem!

Não é verdade que, em setembro, o Toffoli cede lugar ao Fux?

que, em poucos meses,  alguns ministros do Supremo saem... para que novos membros sejam indicados pelo presidente do Brasil?

e que, ainda esse ano, termina a concessão da Rede Globo?

Pois então.

Vamos fortalecer quem torce pelo Brasil.

Deixe o comportamento imaturo para os torcedores desequilibrados.

Lembre das calhas!

E acredite que, com Rafinha, Rodrigo Caio, Filipe Luís, Éverton Ribeiro, Gabigol e Bruno Henrique na seleção...

todos voltarão a acreditar no Brasil.


Texto: Guilherme Kroll (em quarentena)


A hora da calha





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