Thursday, May 16, 2019

Teoria da Relatividade

Já tem gente da resistência rubro-negra aceitando que o Flamengo tem o melhor time do Brasil.

Quiçá da América do Sul.

Isso significa que temos um super-time? com poucas limitações?

Um time imbatível? que será campeão invicto? goleando todos os adversários?

Que manterá 100% de intensidade nos 90 minutos em todos os jogos?

É lógico que não. Temos um dos times mais baixos da história recente do Flamengo.

Temos laterais limitados.

E temos técnicos de Cartola, disseminados pela internet, que se acham influenciadores digitais.

Só que tudo na bola é relativo.

Ontem, no Itaquerão, antes do jogo começar, um jovem rubro-negro gritou ao meu lado: "Pará FDP..."

Agarrei ele pelo braço, com a autoridade dos meus cabelos brancos, e falei: "Amigo, o Pará é lateral do Flamengo. O Fágner é quem defende o Corinthians".

Vou dizer uma coisa. O Pará é limitado... mas é melhor do que o Fágner. O lateral corintiano defender a Seleção Brasileira é uma piada de mau gosto.

Quem é melhor do que o Pará? o Edilson, do Cruzeiro?

Pois é. Tudo é relativo.

Tenho enorme carinho e consideração pelos nossos leitores. Teve um, na última crônica, que me escreveu dizendo: "Sua crônica está repleta de verdades, mas quando você defende o William Arão, paro de ler".

Acho que, hoje, ele vai ler essa até o final.

Sempre afirmei que o Arão é o nosso equilíbrio no jogo aéreo. Defensivo e ofensivo. Perdemos para o Peñarol, no Maracanã, porque o Arão foi substituído equivocadamente.

Outro jogador fundamental é o Diego. Será que nossos técnicos virtuais perceberam que, no gol do Arão, o Diego foi o primeiro a entrar na área adversária, atraindo a atenção dos zagueiros adversários?

Pois é! isso não conta pontos para o Cartola. Só num fantasy game é que poderíamos escalar o Piris da Mota ao lado do São Cuellar.

O Diego passa do ponto. Ele tem uma postura de super-herói. Ele quer cobrar todas as bolas paradas. Ele quer marcar os gigantes adversários. Ele é o primeiro a se oferecer para qualquer sacrifício. Ele atua de segundo volante, ou de falso 9, com a mesma determinação. Ele só tem que entender que não precisa assumir responsabilidades desnecessárias.

Tenho convicção de que ele será protagonista no desfecho do projeto "Flamengo Campeão de Tudo".

Ontem, tivemos uma experiência inesquecível no ônibus da Urubus. Calamos o Corinthians no Itaquerão. Antes do jogo começar, analisei a escalação do campeão paulista. Na defesa, Manoel e Henrique. No meio, Sornoza. No ataque, Boselli e Vágner Love.

Pois é. E tem gente que diz que o Campeonato Paulista é muito superior ao Carioca. Ando com a impressão de que o Bangu é melhor do que esse time do Corinthians.

Está na hora da Nação Rubro-Negra parar de prestar atenção em comentaristas televisivos que são comprometidos com o folclore... e com alguns milionários empresários de jogadores e técnicos de futebol. Um tal de Mauro César é o pior deles.

Nosso bravo Abel, após a vitória, declarou que o Flamengo, no primeiro tempo, esteve irreconhecível. Completamente apático. Mas que estava muito feliz em estar dirigindo nosso clube.

Tudo isso é natural. Numa sequência forte de decisões, será normal haver uma menor oncentração nos jogos de ida. Mesmo assim, tenho convicção de que seremos dominantes durante todos os jogos. Tinha torcedor, em São Paulo, vibrando com o tic-tac. Adorei. O Flamengo sabe ficar com a bola, mesmo quando não está no seu melhor momento.

O Abel tem que estar feliz. Nossos reforços estão encorpando. Nosso plantel está ganhando opções. Nossos limitados não estão se desvalorizando. Nossos jovens ativos estão crescendo. E nossa diretoria continua dando aula de como se conduz um departamento de futebol.



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