Caminhando na Praia do Leblon, hoje pela manhã, observei uma rede de voleibol master. Nela tinha uma tenda aonde se lia o seguinte pensamento: "Aqui todos ensinam... e ninguém aprende".
Não sei exatamente a razão, mas me lembrei de uma Nação que toma conta do meu coração.
Aqui, como todos ensinam, vou tentar fazer minha parte.
O Flamengo tem time, plantel, sistema tático, comando... para vencer qualquer time dessa Libertadores, em qualquer lugar.
Já estou me convencendo que os jogos fora serão mais fáceis.
A verdade é que o Peñarol apresentou um sistema defensivo, ontem, perfeito. Só tínhamos duas chances para comemorar gols: ou numa genialidade individual... ou num erro defensivo.
Acontece que o time uruguaio não errou. E nossos craques estavam longe da genialidade.
Outra coisa, o estilo da arbitragem ajudou o time uruguaio. O árbitro argentino veio para o zero a zero. Ele picou o jogo inteiro. Isso proporcionou tempo para a defesa uruguaia recompor durante toda a partida.
Não costumo apontar culpados nas derrotas, mas ontem é muito fácil detectar quem foi o vilão do mau resultado: o médico que operou o Abel e inseriu um stent no seu coração.
Esse stent deve ser da marca "Isso Aqui é Flamengo".
Qualquer técnico principiante sabe que, quando se perde um jogador por expulsão, tem que articular duas linhas de 4. O próprio Abel declarou isso na coletiva pós-jogo.
Péra aí. Duas linhas de 4 com Vitinho na segunda linha?
Vou confessar uma coisa. Tenho pavor de atacante con funções extremas defensivas. Eles não nasceram para isso. O Gabigol foi expulso porque deu carrinho na nossa intermediária defensiva. E tomamos o gol porque o Vitinho não acompanhou o artilheiro uruguaio.
Tenho afirmado, com veemência, que o Arão é nossa garantia no jogo aéreo. Tirá-lo do jogo de ontem foi partir para um resultado que não era obrigatório. O empate era nosso.
Até entendo colocar o Bruno Henrique de centroavante. Ele é nosso atacante com maior impulsão.
Se tivéssemos estruturado nossa segunda linha de 4 com Cuellar, Arão, Diego e Everton Ribeiro... mesmo só tendo o Bruno Henrique na frente, poderíamos vencer com bolas aéreas. Para entrar alguém nessa formação, teria que ser o Arrascaeta. Afinal de contas, ele salvou nosso time contra o Vasco com uma cabeçada espetacular.
Não se iludam com o jogo contra o San Jose. Será mais uma pedreira. Quase duas linhas de 5 dos adversários. A solução é abrir a porteira. Um gol rápido.
A compensação será fora. LDU e Peñarol terão que sair para o jogo. Aí sou mais Flamengo. No Equador, no Uruguai, ou em qualquer lugar.
Não posso encerrar sem falar da torcida do Flamengo. Que torcida é essa?
Assisti o jogo ao lado de um doce casal de piauienses que estavam visitando o Maracanã pela primeira vez. Ficaram boquiabertos. Encantados. Mereciam um resultado melhor. Quem sabe não indicam um médico que troque o stent do Abel?
Ele tem que saber que nosso projeto é "Flamengo Campeão de Tudo".
"Flamengo Campeão Invicto de Tudo" já é demais... e "Flamengo Campeão de Tudo Vencendo Todos os Jogos" é surreal.
Foto: com o doce casal piauiense, Gabriel e Ana Clara, na mureta do Maracanã Mais.
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