Vamos para o segundo capítulo de "Na Nação, Todos Ensinam... mas Ninguém Aprende".
O único problema em relação ao título é quando o Abel faz parte dele.
Saí do Maracanã, ontem, tenso, irritado.
Perdi 45 minutos da minha vida torcendo para Uribe. E mais 15 tentando entender o Gabigol na lateral-direita.
Só entrei no jogo quando ele posicionou o Bruno Henrique (depois o Vitinho) na direita, o Gabigol centralizado, e o Everton Ribeiro na esquerda. Aí pude gritar aos tricoletes: "Isso aqui é Flamengo!".
O Diego jogou bem, mas o Arrascaeta é de outro mundo. O Flamengo voltou a me encantar.
Vamos tentar explicar o inexplicável. Trabalhei muitos anos com os mais diferentes estilos de técnicos de futebol. Confesso que tenho enorme admiração pelos técnicos cascudos que são gestores de pessoas. Sempre manifesto meu orgulho em ter trabalhado com o Josué Teixeira (no Macaé, derrotamos o Flamengo no Carioca passado), que é discípulo do Abel Braga. Conheço bem a cabeça deles. O caráter dos jogadores é o centro de tudo. Tipo um pai que está escolhendo um marido para a filha.
O Abel descobriu que tem um time de baixa estatura. Concluiu que o Gabigol não faz gols de cabeça. Que, com ele em campo, os cruzamentos devem ser rasteiros.
Ele também constatou que nossa zaga é espetacular, mas é baixa.
O Fluminense é forte no jogo aéreo. Por isso, optou pela escalação do Uribe (que é alto), aproveitando o fato de que o Gabigol está suspenso no próximo jogo da Libertadores.
Acontece que o Uribe é o pior jogador do atual plantel do Flamengo. Ele é inoperante. Tipo poste. A parte tática perde muito com ele em campo.
Se o problema é a altura, os gols de cabeça, então é melhor escalar o Rhodolfo, que também é ótimo zagueiro.
Ontem, quase entregamos o Campeonato Carioca para o Fluminense. Tem gente que o chama de Carioqueta. Só que o Flamengo recebeu R$ 1 milhão pela conquista da Taça Rio. E ganhará mais R$ 3,5 milhões se conquistar o título máximo. Isso ajudará muito no restante da temporada. Ser Campeão Carioca é fundamental.
Por falar em arbitragem, não é só o Abel que está tentando colocar stents em toda torcida do Flamengo. Não dá para aceitar as escalas de arbitragem. Vou tentar explicar.
Árbitro do jogo: Bruno Arleu. Quarto Árbitro: João Batista de Arruda. VAR: Rodrigo Nunes e Grazianni.
Para quem não conhece arbitragem, vou explicar. Os árbitros auxiliares são muito mais qualificados do que o principal. Consequência: árbitro e bandeiras apitam com a mão no ouvido. E jamais confrontam o VAR. O auxílio existe para dirimir dúvidas sobre impedimentos, bolas nas linhas e erros crassos. Interpretação tem que ser com quem está com o apito na boca.
No lance do gol do Arão (que é nosso equilíbrio no jogo aéreo, até acho que foi falta do Léo Duarte, mas o árbitro e o bandeirinha não pensaram assim. Afinal de contas, houve um choque entre 2 jogadores que estavam em movimento. E fora da pequena área. Mas o VAR foi soberano.
Até acho que o Var trouxe um elemento novo ao futebol de suspense. Só que desse jeito está mais para filme de terror. Todos que comemoram gols ficam com cara de bobo. Sensação de comédia pastelão.
Só sei que isso aqui é Flamengo. Temos que ir para cima de um San Jose que virá com duas linhas de 5. Dá para jogar com Diego e Arrascaeta no meio. Bruno Henrique (ou Vitinho) e Everton Ribeiro. O futebol agradecerá, mesmo com o protesto dos cardiologistas de plantão.
foto de Alexandre Vidal: Estou impressionado com a eficiência da reposição de bola do Diego Alves. Com o pé, ele coloca a bola aonde quer. É um dos melhores goleiros do futebol internacional.
No comments:
Post a Comment